"O ato da conquista de um grande sonho reflete o sucesso nas lutas diárias para alcançá-lo." - Kléber Novartes

terça-feira, 31 de julho de 2007

Defesa Pressionante

Costumo dizer que equipa minha não defende…só ataca, pois quando não tem a bola, a missão é “roubá-la” à equipa adversária, “atacando” a bola, obrigando a equipa adversária a ter que a “defender”, ou seja, para mim defender não é impedir que a equipa adversária chegue à nossa baliza, mas sim, recuperar a bola para que sejamos nós a chegar à baliza adversária, e quanto mais longe da “nossa” baliza e perto da baliza adversária melhor.

Por isso sou adepto da pressão alta e logo na 1ª linha de marcação, o mais perto possível da baliza contrária, daí que dê especial atenção ao momento em que o Guarda Redes contrário tenta repor a bola, pois durante esse momento específico, ao qual chamo “o equilíbrio inicial da defesa”, os “meus” jogadores devem decidir as marcações rapidamente e definir correctamente o espaço e o opositor que vão marcar, para que quando o guarda redes adversário tentar recolocar a bola em jogo, verifique que todos os jogadores da sua equipa estão marcados, obrigando ao erro logo na colocação da bola, pois alem da dificuldade de não ter nenhum jogador livre para receber a bola, está a pressão de ter que o fazer em apenas 4 segundos, originando que na maioria das vezes atire a bola para lá do meio campo e para uma zona onde não está nenhum jogador da sua equipa, permitindo à “minha” equipa a recuperação imediata da bola.

Nesta zona da quadra (1ª linha de marcação), para mim não existe zona, ou seja, as marcações são individuais e deve-se atacar o opositor para roubar a bola, pois no caso do adversário conseguir passar pelo “meu” jogador, existem 40 metros para recuperar e dificilmente alguém correrá mais com a bola do que sem ela…

Logicamente que há equipas que conseguem contrariar esta organização defensiva, porque saem bem de pressão ou porque têm Guarda Redes com excelente colocação de bola e por vezes não consigo aplicar este tipo de defesa, e, quando assim é, opto por baixar a linha de marcação (2ª ) pressionando o portador da bola apenas depois da mesma ter sido colocada no jogador adversário, sendo que jogador mais próximo do atleta que tenta roubar a bola ao jogador adversário efectua a respectiva cobertura, passando então a defender à zona ou misto, situação igual caso estejamos a defender na 3ª linha de marcação, tendo como objectivo, “empurrar”o portador da bola para a zona da 1ª linha de marcação, para voltar tudo à 1ª forma, ou seja, pressão alta com marcações individuais, no entanto, seja qual for a zona em que os jogadores estiverem a defender, tem que estar sempre TODOS atrás da linha da bola e entre a “nossa” baliza.

Sei que esta opção não é consensual e é muito raro ver equipas a defender desta forma contra todas as equipas, normalmente a maioria das equipas utilizam a pressão alta só quando jogam com equipas mais fracas, no entanto, eu assumo sempre esta organização defensiva logo desde o início do jogo e principalmente quando estou a ganhar, pois assim mantenho a bola longe da minha baliza e perto da baliza adversária, além de que esta situação mexe bastante com o aspecto psicológico da equipa adversária, pois em inferioridade no marcador não consegue aproximar-se da nossa baliza e ainda tem que defender a bola da acção “ofensiva” da minha equipa na sua recuperação constante, fragilizando os seu níveis de confiança, ao contrário da minha equipa, que em caso de sucesso nesta acção, vai reforçando e fortalecendo os níveis de confiança, tornando-se cada vez mais difícil de contrariar.

No entanto, como tudo na vida, nada acontece por acaso… e é necessário treinar muito para que este tipo de organização defensiva funcione na íntegra, pois o risco é grande e é necessário que os níveis de concentração e coordenação estejam sempre no máximo, além de que, é bastante desgastante do ponto de vista físico, sendo fundamental ter uma equipa equilibrada para que se possa rodar e manter sempre a mesma dinâmica e atitude “agressiva”.

Pensem nisto e opinem…

terça-feira, 24 de julho de 2007

Exercício...

3x3


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Descrição:
Jogo 3x3, em espaço limitado em que cada equipa tem 2 balizas para atacar e 2 para defender.

Variantes: limitar o nr de toques; finalização após determinado nr de toques


Objectivos:
Melhorar o pressing
Apurar a posse de bola
Desenvolvimento da visão periférica

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Campeonato da Europa de Futsal- Portugal 2007


Calendário de Prova


16.11.2007

República Checa – Roménia – 18h00 – Gondomar (Grupo A)
Portugal – Itália – 20h00 – Gondomar (Grupo A)

17.11.2007

Espanha – Ucrânia – 14h00 – Gondomar (Grupo B)
Sérvia – Rússia – 16h00 – Gondomar (Grupo B)

18.11.2007

Itália – Roménia – 15h30 – Gondomar (Grupo A)
Portugal – República Checa – 17h30 – Gondomar (Grupo A)

19.11.2007

Ucrânia – Rússia – 18h00 – Gondomar (Grupo B)
Espanha – Sérvia – 20h00 – Gondomar (Grupo B)

21.11.2007

Ucrânia – Sérvia – 16h00 – Santo Tirso (Grupo B)
Rússia – Espanha – 16h00 – Gondomar (Grupo B)
Roménia – Portugal – 18h00 – Gondomar (Grupo A)
Itália – República Checa – 18h00 – Santo Tirso (Grupo A).

23.11.2007

Meias-finais:
Vencedor Grupo B – 2º classificado Grupo A – 18h00 – Gondomar
Vencedor Grupo A – 2º classificado Grupo B – 20h00 – Gondomar

24.11.2007

3º e 4º lugares:
Derrotados Meias-finais – 15h00 – Gondomar


Final:
Vencedores Meias-finais – 17h00 – Gondomar


segunda-feira, 16 de julho de 2007

Exercício...

CONTRA-ATAQUE


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Descrição:
Jogadores colocados conforme esquema. Gr coloca a bola num dos jogadores (linha final ou linhas laterais) sendo que o jogador que receber a bola inicia acção de contra-ataque deslocando-se para o centro, enquanto que os outros 2 efectuam respectivo apoio nas alas (só atacam 3). Após finalização, incia-se acção no sentido inverso com outras equipas e assim sucessivamente.

Importante: Todos os jogadores têm que passar por todas as posições.



Componentes da Carga:
Intensidade: Alta
Frequência (séries x rpt’s): 3 Séries e 5 rpt’s
Volume parcial: 10” (potência)/ 20” (Capacidade)
Recuperação entre rpt’s: Regresso às posições: 30”
Recuperação entre séries: 2’Volume (total): 10’



Objectivos:
Melhorar as acções de contra ataque.
Melhorar a Potência e a capacidade anaeróbia láctica
Melhorar a Finalização




segunda-feira, 9 de julho de 2007

Exercícios...


CAPACIDADES MOTORAS:

CAPACIDADE ANAERÓBIA ALÁCTICA



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Descrição:
Os atletas realizam os exercícios nas estações, ao apito passam por tras do cone exterior (em sprint), e vão para a estação seguinte, e assim sucessivamente até percorrer todas as estações (2 a 2 mas só 1 é que trabalha de cada vez). Todas as acções devem ser efectuadas com ambas as pernas, de forma alternada.


Estações:
1–Recepeciona com um pé e passa com outro.
2-Movimento paralela
3-Quebra
4-Acertar na bola (que é enviada pelo colega) levantando as pernas na lateral.
5-Passe c/ parte interior (1 toque)


Componentes da Carga:
Intensidade: Alta
Duração (parcial): 2,5’ (30” em cada estação)
Frequência (séries x rpt’s): 2 Séries
Recuperação entre rpt’s: não tem
Recuperação entre séries: 30” Volume (total): 6’


Objectivos:
Melhorar a capacidade anaérobica aláctica, Melhorar técnica individual

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Pensar pela nossa cabeça…

Há uns dias li um artigo sobre a escassez de pivots portugueses e dei comigo a pensar o porquê?
Após reflectir, verifiquei que o problema maior tem a ver com algo que eu, pessoalmente, acho que falta aos treinadores Portugueses (apesar de já notar alguns progressos), que é pensar pela própria cabeça, em vez de ir pela “moda” e copiar os sistemas tácticos que estão em voga, na certeza de terem encontrado a “fórmula mágica”…

Neste caso específico, acho que este problema da falta de pivots portugueses, deve-se ao facto de nos últimos 7/8 anos se ter definido o 4.0 como o supra sumo dos sistemas ofensivos, descurando todos os outros variadíssimos sistemas, nomeadamente os que utilizam pivots, levando a que a geração de atletas que chegou ou está a chegar agora a idade de sénior, durante a sua formação, jamais jogaram num sistema que utilizasse pivot…

Como treinador, o que mais me dá prazer é esta infinita possibilidade de poder criar, inventar, raciocinar, reflectir e desenvolver conceitos técnico-tácticos sem COPIAR por ninguém, tendo obviamente referências e pontos de convergência com outros treinadores, mas claro está, pensando pela minha cabeça!!

Por muito que um determinado modelo de jogo desenvolvido por outro treinador nos pareça fabuloso, de certeza que existe sempre algo que fazíamos diferente... além de que os pressupostos das equipas poderão ser diferentes como por exemplo: as características dos jogadores, horas de treino, idade, etc, sendo por isso de todo impossível copiar exactamente o mesmo modelo de jogo da equipa A para a equipa B
Ou seja, se modelo de jogo que aplicamos na nossa equipa não tiver nenhum "cunho" pessoal e for apenas uma cópia integral de um modelo de jogo que outro treinador desenvolveu, então não somos treinadores, mas apenas meros executantes de uma ideia de alguém, e isso qualquer pessoa pode fazer... Por exemplo, se dermos um livro de exercícios ao funcionário do pavilhão, ele fará exactamente a mesma coisa, pois só tem que aplicar o que lá está escrito...

É, no entanto, vital que os treinadores falem bastante uns com os outros, no sentido de discutir e apresentar ideias, pontos de vista, reflexões, pois esta é, sem dúvida alguma a melhor forma de apreendermos e evoluirmos permanentemente, no entanto, por muitos conhecimentos e experiência que alguem possa ter, NINGUÉM é dono absoluto da razão e sabe tudo…

Por isso, por mais absurdo que o modelo de jogo por nós desenvolvido possa parecer aos olhos de outros, se acreditamos no que estamos a fazer, de uma forma consciente e de acordo com as nossas ideias, conceitos e objectivos definidos, devemos defender sempre a nossa posição , tendo obviamente a noção de que também nós, não somos os donos da razão e ter a humildade para assumir que a ideia contrária também poderá estar correcta e se calhar é bem melhor do que a nossa, e é desta forma, questionando, debatendo, criticando e batendo muitas vezes "com a cabeça na parede", que vamos evoluir, crescer e aperfeiçoar os nossos valiosos conhecimentos.

Em resumo, com tudo isto quero apenas dizer que, só somos de facto TREINADORES, se pensarmos pela nossa cabeça, caso contrário ficaremos pelo caminho e muito dificilmente atingiremos objectivos, e também que, por mais rídiculo que nos possa parecer as ideias e concepções de outros, jamais devemos criticar... até porque, no final, “a melhor táctica é aquela que ganha”!!!


Abraço e pensem nisto...

Pedro Silva

terça-feira, 3 de julho de 2007

Exercícios...

A partir de hoje, todas as semanas irei colocar um exercício de treino, que espero que possa vir a ser útil a todos que quiserem consultar.

Hoje começo pela Potência e/ou Capacidade Anaeróbia láctica.


CAPACIDADES MOTORAS:

POTÊNCIA/CAPACIDADE ANAERÓBIA LÁCTICA




Descrição:
Uma equipa concentra-se atrás da linha da final e o seu GR coloca a bola na àrea da outra equipa. Nesse momento, os seus colegas devem rápidamente contornar o cone, posicionando-se de seguida para defender. A Equipa adversária deve controlar a bola o mais rápido de seguida e contra atacar o mais rápido possível.

Componentes da Carga:
Intensidade: Alta
Duração (parcial): 30”(potência) / 90” (capacidade)
Frequência (séries x rpt’s):3 Séries e 5 rpt’s
Recuperação entre rpt’s: 2’
Recuperação entre séries: 5’ Volume (total): 15’

Objectivos:
Melhorar a capacidade anaérobica láctica; Situações de Inferioridade e Superioridade numérica; Melhorar a Finalização.