"O ato da conquista de um grande sonho reflete o sucesso nas lutas diárias para alcançá-lo." - Kléber Novartes

sexta-feira, 28 de março de 2008

A importância de reconhecer as nossas limitações...

Considero que o facto de os atletas saberem as suas limitações não pode ser visto como um sinal de fraqueza, antes pelo contrário, tem que ser visto como um sinal de inteligência, pois é isso que os ajudará a evoluir e a tornarem-se melhores e mais capazes …

Por exemplo, se determinado jogador não tem como característica a velocidade, ao defender, esse atleta (naturalmente também com a ajuda do treinador) tem que desenvolver uma acção defensiva diferente de outro atleta que é mais rápido, adaptando assim, a sua limitação ao seu posicionamento defensivo.
Outro exemplo, se o atleta é destro e o seu pé esquerdo é muito fraco, obviamente que tem que treinar permanentemente o seu pé mais fraco para combater essa limitação, certo?

Por tudo isto, é que o jogador humilde tem sempre mais sucesso que o jogador que "se julga bom", pois os humildes reconhecem e tentam combater as suas limitações, trabalhando e aperfeiçoando tudo aquilo em que são limitados, e muitas vezes conseguem até erradicar completamente a suas debilidades, ao invés, dos “outros” que acham que não têm defeitos, julgando-se perfeitos, acabando por nunca evoluir e assim atingir o nível pretendido e possível.


Abraço.

Pensem nisto e opinem…
Pedro Silva

quinta-feira, 20 de março de 2008

Cooperação vs Competição?

A Cooperação é uma relação de entreajuda entre os atletas, no entanto, por norma o treinador também pretende (e incute) a Competição entre os atletas, o que é contra sensual, visto que a cooperação, de certa forma, se opõe à competição…

Assim sendo, fica a pergunta: Como é possível trabalhar a competição e a cooperação entre atletas da mesma equipa?

É fácil…

O desejo de um atleta em competir com os outros da mesma equipa é no sentido de obter um estatuto mais elevado dentro do grupo, ou seja, demonstrar a sua importância na equipa, quer a nível comportamental, quer na execução correcta do modelo de jogo estabelecido, para que o treinador o considere um exemplo e uma das suas principais opções da EQUIPA. Assim sendo, o treinador terá que utilizar esta competição diária entre os atletas, como o principal catalizador da acção cooperativa, demonstrando que a mesma tem apenas um objectivo comum, a organização colectiva, porque só e apenas com a cooperação entre todos se conseguirá ter sucesso ao competir com outras equipas.

Por isso, o treinador tem que vincar, diariamente, a importância da entreajuda e da cooperação entre os seu atletas, pois por muito bem que um atleta cumpra, atinja os níveis pretendidos e até seja o melhor em tudo, se não ajudar os outros a atingirem o mesmo patamar e enveredar por uma atitude egoísta e individualista, JAMAIS atingirá o sucesso, pois NUNCA ninguém venceu jogos sozinho…

Resumindo, o treinador deve, por isso, fomentar e incutir diariamente aquilo ao que eu chamo de “competição cooperativa”, demonstrando que o sentido principal é alcançar objectivos comuns, e que só apenas um terá que sair sempre a ganhar…a EQUIPA!

Abraço e pensem nisto…
Pedro Silva

terça-feira, 11 de março de 2008

E o Guarda-Redes sou eu...



"Liga Elite Norte - Série 2

Realizou-se ontem, a penúltima jornada da 1ª fase da Liga Elite Games and Fun, Zona Norte.

Com a classificação praticamente definida, esta foi uma jornada um pouco atípica, com resultados algo surpreendentes.

Apesar de algumas equipas, se apresentarem algo desfalcadas, aproveitando para fazer descansar os seus atletas mais utilizados, para os Play ON e Play OFF, tivemos nesta jornada, duas surpresas.

A equipa do Valadim cumpriu, e goleou a equipa dos Linces, num resultado que acabou por ser demasiado dilatado, face às oportunidades falhadas pela equipa dos Linces.

A equipa do JNF, viu-se e desejou-se para conseguir chegar ao empate, face à equipa do Futsal Association, que apenas nos últimos minutos da partida, deixou escapar a vitória.

A segunda surpresa da jornada, foi protagonizada pela equipa do Chipidea, que impôs uma derrota aos All Blacks, que encontraram pela frente um GR inspirado, que além de realizar uma soberba exibição, ainda brilhou ao defender uma grande penalidade.

A fechar a jornada, a equipa do Núcleo, numa clara poupança de jogadores, conseguiu mesmo assim, golear o Gaia Cor Macotil, por uns expressivos 11::1."

Enfim, até me chamaram Benedito...

Portal: elitefutsal.com

É com regozijo que informo o surgimento de mais um portal de futsal cujo o qual eu sou colaborador, o http://www.elitefutsal.com/ que vai dar destaque aos Nacionais, mas principalmente aos Distritais, Amador, Formação e Feminino.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Concentração: Treinar para jogar!

Na minha opinião, a concentração é o mais importante num jogo de futsal e que mais se deve treinar, pois por vezes perdem-se jogos, simplesmente porque alguém em determinado momento do jogo não estava totalmente concentrado…

O treinador, tem por isso a obrigação de incutir nos jogadores um nível alto de concentração durante todo o treino, no entanto, muitas vezes o que acontece é que nos treinos não exige concentração máxima aos atletas e depois no jogo quer que os atletas estejam ao mais alto nível de concentração… impossível.

Ou seja, o treinador tem que “exigir” sempre nos treinos o mais elevado nível de concentração aos seus atletas, igual ou superior ao que exige nos jogos, pois quanto mais aproximado do jogo for o treino, mais fácil será depois no jogo o atleta conseguir manter-se concentrado do primeiro ao último minuto. Ao invés, se a concentração não for treinada diariamente e o treinador deixar que os atletas levem os treinos na brincadeira, desconcentrados, jamais atingirão o nível de concentração que é fundamental para o jogo, isto porque, tudo que é feito no treino reflecte-se no jogo

Resumindo, devemos então “educar” o atleta a encarar o treino como se de um jogo se tratasse e ensiná-lo a treinar sempre com a mesma disponibilidade que se tem no jogo, pois para se jogar a 100, tem-se que treinar a 120… se treinarmos a 80, não se pode exigir os 100

Pensem nisto e opinem…

Abraço
Pedro Silva

domingo, 2 de março de 2008

Como analisar uma equipa adversária?

Por muito que treinemos o nosso modelo de jogo de forma a estar preparado para jogar com qualquer equipa, devemos ter sempre o máximo conhecimento das características de cada um dos nossos adversários, pois quanto maior for esse conhecimento, mais preparada estará a nossa equipa, quer para contrariar os seus pontos fortes e explorar as suas fraquezas...
Desta forma, este documento tem como principal objectivo ajudar os treinadores a como preparar a sua equipa para o próximo adversário.

Abraço
Pedro Silva
Como analisar uma equipa adversária?
Antes do jogo
Recolher informação:
  • Tipo de piso e tamanho da quadra
  • Observar aquecimento
  • Nomes dos jogadores, números, equipa inicial e suplentes
  • Características especiais do Sistema táctico e/ou Modelo de Jogo
  • Características especiais relacionadas com os jogadores
Durante o jogo
Observar a organização estrutural e todas as alterações que aconteçam no decorrer do jogo nessa estrutura, quer pela evolução do resultado, quer pelas substituições que ocorram.
Observar a organização defensiva da equipa:
  • Zona (linha de marcação) onde defendem (alta, média ou baixa)
  • Tipo de marcação (à zona, individual ou mista)
  • Atitude e comportamentos defensivos (agressividade ou passividade)
Observar a organização ofensiva da equipa:
  • Tipo de construção de jogo (jogo lento ou rápido, passe curto ou longo (directo), com apoio de centro ou de ala)
  • Jogadores de referência na organização ofensiva.
  • Padrões colectivos estabelecidos na construção do jogo.
Observar as transições ofensivas da equipa:
  • Atitude da equipa quando recupera a bola (saída rápida e contra-ataque ou mais lenta com ênfase na posse de bola).
  • Jogadores de 1ª referência na transição ofensiva.
  • Qual o tipo de transição que o GR procura quando recupera a posse da bola (jogo rápido e directo ou lento para deixar subir e organizar)
Observar as transições defensivas da equipa:
  • Erros de posicionamento quando a equipa perde a posse de bola
  • Posicionamento e Espaços existentes quando a equipa perde a posse da bola.
  • Se recorrem ou não a faltas tácticas.
Observar a organização ofensiva da equipa:
  • Tipo de construção de jogo (jogo lento ou rápido, passe curto ou longo (directo), com apoio de centro ou de ala)
  • Jogadores de referência na organização ofensiva.
  • Padrões colectivos estabelecidos na construção do jogo.
Observar as transições ofensivas da equipa:
  • Atitude da equipa quando recupera a bola (saída rápida e contra-ataque ou mais lenta com ênfase na posse de bola).
  • Jogadores de 1ª referência na transição ofensiva.
  • Qual o tipo de transição que o GR procura quando recupera a posse da bola (jogo rápido e directo ou lento para deixar subir e organizar)
Observar as transições defensivas da equipa:
  • Erros de posicionamento quando a equipa perde a posse de bola
  • Posicionamento e Espaços existentes quando a equipa perde a posse da bola.
  • Se recorrem ou não a faltas tácticas.
Bolas paradas a favor:
  • Tipo de movimentação nos lançamentos laterais, livres e cantos.
  • Jogadores de referência nos livres e cantos.
  • Locais para onde o passe ou remate é efectuado neste tipo de lance.
Bolas paradas contra:
  • Quantidade de jogadores que colocam nas barreiras e seu comportamento (saltam/não salta; saem/não saem).
  • Numero de jogadores que defendem neste tipo de lances.
  • Posicionamento que os jogadores ocupam neste tipo de lances.