"O ato da conquista de um grande sonho reflete o sucesso nas lutas diárias para alcançá-lo." - Kléber Novartes

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Campeonatos Distritais Femininos da AFP - É URGENTE mudar!



Numa altura em que se fala bastante sobre as alterações nos quadros competitivos nacionais, creio que urge, neste momento, falar sobre uma profunda alteração na organização dos nos quadros competitivos distritais, o que na minha opinião, se traduzirá num aumento da competitividade, da motivação e acima de tudo, da qualidade.

Neste momento, os campeonatos femininos da AF Porto estão divididos em 2 divisões, contabilizando 12 equipas na 1ª Divisão e 8 equipas na 2ª divisão, jogando-se a 2 voltas e os primeiros classificados no final das mesmas são designados os campeões distritais.

Tendo em conta o panorama actual, creio que esta organização não é a que melhor defende os interesses do futsal feminino na AF Porto, pois proporciona grandes desequilíbrios competitivos, motivacionais e qualitativos, levando a que o mesmo se torne pouco atractivo.

Tendo isto em conta, a minha sugestão é a seguinte:

Acabar com a 2ª divisão e criar apenas a 1ª divisão, mas dividida por séries, tal como acontece na AF Braga, existindo um campeonato a 2 voltas, sendo que os primeiros 4 classificados de cada grupo, qualificar-se-iam para uma fase final (Play off) e lutariam num campeonato entre si para decidir o campeão distrital e representante da AFP na Taça Nacional. As restantes equipas, disputariam o Play Out, também através do mesmo sistema de campeonato a 2 voltas, sendo que o vencedor ganharia um título (a competição poder-se-ía denominar por exemplo: Taça Extraordinária AFP).

Com este sistema creio que haverá as seguintes vantagens, relativamente à estrutura actual:


Económica:

As séries seriam organizadas por ordem geográfica, o que traduzir-se-ia em deslocações menores, e obviamente menos custos.


Competitiva:

A existência de um Play off, faria com que existissem um maior número de jogos com um níveis de dificuldade superior, pois com as 8 melhores equipas a jogarem entre si proporcionariam uma maior exigência a todos os intervenientes do jogo (treinadores, atletas, árbitros, etc), traduzindo-se obviamente num aumento de qualidade na modalidade, além de que, quanto mais competitividade houver, mais preparadas estarão as equipas que depois seguirão para a Taça Nacional em representação da nossa Associação.

Além disso, esta formula também ajudaria a que existisse um maior equilíbrio nas equipas que forem ao Play Out, visto que assim também poderiam competir por um título, com equipas do “seu” campeonato, levando a que houvesse competição até ao final da época, mas alicerçada numa evolução gradual e sustentada, ideal para equipas jovens ou mais limitadas, que desta forma poderiam crescer com competitividade, mas com paciência e organização.


Motivacional:

O facto de ser uma 1ª Divisão é, à partida, uma maior motivação para todas as equipas e permitiria, no meu ponto de vista, trazer mais e melhores técnicos e atletas para o campeonato distrital feminino. Depois, e para mim um dos factores mais importantes, existiria a possibilidade das equipas poderem lutar por um objectivo até ao fim, seja no Play Off ou no Play Out, pois neste momento, como existem poucas equipas a lutar pelo título, a meio da época já quase que se sabe quem é que vai ser campeão, perdendo-se o interesse pela competição e levando a que muitas vezes a luta pelos lugares do meio da tabela seja mais interessante que a luta pelo título… Desta forma, mesmo que uma equipa ficasse em 4º lugar na fase regular, continuaria com aspirações de poder chegar ao título, premiando também a sua evolução ao longo da época, pois como no inicio da época as equipas ainda estão a definir um modelo de jogo, a adaptarem-se a novos métodos de trabalho, novas atletas, etc, não estão tão fortes como estarão na fase final da época, onde já poderiam lutar pelo título de uma forma mais estruturada.

Dou como exemplo a época corrente, em que alguns dos principais candidatos defrontaram-se logo nas primeiras jornadas, criando logo no início um “fosso” entre as mesmas, levando a que o interesse competitivo diminuísse e que neste momento, apesar de algumas equipas já terem evoluído e atingido outro patamar qualitativo que não tinham no início, já praticamente não têm possibilidades de lutarem pelo primeiro lugar…

Pior ainda acontece com as equipas do meio da tabela, que praticamente desde o meio da época, já sabem que não descem, mas também não podem lutar pelos lugares cimeiros, o que faz com que andem quase meia época apenas a “cumprir calendário”, o que leva à desmotivação, e obviamente, estagnação no seu crescimento, o que em nada ajuda na evolução da modalidade e muitas das vezes origina desistências de equipas, tal como tem acontecido nos últimos anos na AFP, em que todas as épocas, várias equipas desistem por este motivo.

Fica então aqui a minha opinião sobre algo que eu creio ser urgente reestruturar para que possamos inverter a tendência das últimas épocas, e acima de tudo, aumentar a competitividade e a qualidade do futsal feminino na AFP e para que o futuro da modalidade na nossa Associação não venha, a curto prazo, ficar comprometido.

Pensem nisto e opinem…

Abraço

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O primeiro passo...

Foi com muita alegria e satisfação que me chegou hoje a notícia da alteração do regulamento da taças nacionais de futsal, relativamente aos Juniores B, Juniores A e Séniores Feminino, comprovando-se assim que algo está finalmente a mudar no futsal nacional e que finalmente temos uma direcção na FPF que defende os interesses do futsal nacional.

Puxando a "brasa à minha sardinha", isto é, o Feminino, eis alterações que mais me satisfazem:

1. Restruturação da organização técnica.

"A) os 18 clubes das Associações distritais serão divididos em 3 séries, de seis cludes cada, que jogarão entre si em poule a duas votas para apurar o 1º classificado."

- Na minha opinião, esta reestruturação aumentará a competitividade de cada uma das séries e traduzindo-se obviamente, numa maior qualidade futsalística.

"C) Para completar o número de 18 clubes nas séries do Continente, as Assoçiações Distritais, com maior número de clubes a disputar provas desta categoria, dão mais um clube. Em caso de igualdade, o desempate far-se-á pelo maior número de clubes que disputem as provas distritais de Futsal."

- Desta forma, haverá mais justiça nos apuramentos, pois até aqui, uma Associação Distrital com 5 equipas apenas colocava o mesmo número de equipas na Taça Nacional do que as Associações Distritais que têm mais de 20 equipas... Isto dará uma maior motivação e competitividade aos campeonatos distritais das maiores associações, além de que permitirá a que outras equipas com enorme qualidade possam também disputar a Taça Nacional, traduzindo-se, mais uma vez, no aumento da competitividade e da qualidade futsalística.

2. Restruturação da organização financeira.

- "Constituem encargos de organização o policiamento e a arbitragem".

- "Os encargos de organização serão suportados pela FPF".

- "Aos clubes que se desloquem a distâncias superiores a 20 Km da sua sede será concedido subsídio, de valor definido no comunicado oficial Nr 1, na base de quilometragem por estrada".

- Pois bem... isto nem precisa de comentários, apenas uma salva de palmas!

Acredito que este é o primeiro passo... e que o futuro será risonho para o futsal feminino em Portugal, vamos todos acreditar e lutar por isso!

Eis o novo regulamento: