"O ato da conquista de um grande sonho reflete o sucesso nas lutas diárias para alcançá-lo." - Kléber Novartes

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Futsal de luto...

Sara
22 anos
Sem palavras…

À família e amigos, deixo os meus mais sinceros sentimentos pelo momento de enorme tristeza.

Uma jovem de 22 anos, da equipa de futsal feminino do Desportivo das Aves, morreu, ontem, ao início da noite, quando a viatura em que as atletas seguiam entrou em despiste e embateu, violentamente, num poste de iluminação pública, na EN104 (Vila do Conde-Trofa). No acidente, ficaram ainda feridas três outras atletas da equipa, uma delas em estado grave.De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, Joaquim Moreira, as quatro jovens seguiam na EN104, em Macieira da Maia, cerca das 20 horas, quando, a seguir a uma curva, a viatura entrou em despiste, acabando por embater, violentamente, de lado, num poste de iluminação pública. Com a violência do embate, o poste partiu.O piso molhado, com a chuva que caiu durante a tarde, e a curva apertada, numa estrada já de si perigosa, explicou Joaquim Moreira, terão estado na origem do acidente que vitimou a atleta.Na viatura seguiam quatro atletas da equipa feminina do Desportivo das Aves, que, de acordo ainda com o comandante, se deslocavam para Mindelo para assistir a um jogo da equipa de futsal da Associação Cultural e Desportiva de Mindelo (Vila do Conde), depois de terem jogado, durante a tarde, no pavilhão do clube, em Vila das Aves.

EM ESTADO DE CHOQUE

Quando os Bombeiros Voluntários de Vila do Conde chegaram ao local, explicou Joaquim Moreira, uma das jovens, que seguia no banco traseiro, atrás da condutora, encontrava-se já sem vida. A condutora e a ocupante da viatura que seguiam à frente estavam em estado de choque e uma quarta atleta do Desportivo das Aves, que viajava no banco traseiro, apresentava ferimentos com alguma gravidade, tendo sido desencarcerada pela equipa dos bombeiros.No local, estiveram três ambulâncias e uma viatura de desencarceramento dos Voluntários de Vila do Conde.As três atletas, com idades entre os 18 e os 22 anos, foram transportadas para o Hospital da Póvoa de Varzim, onde, à hora de fecho da nossa edição, permaneciam ainda em observação.

Fonte: Jornal de Notícias

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Jantar reuniu quase três dezenas de treinadores

Uma palavra de agradecimento muito especial ao Arnaldo e ao Bruno Teixeira (Norte Desportivo) pela organização e divulgação deste evento e a todos os treinadores presentes pelas excelentes conversas, alegria e fabulosos momentos de diversão proporcionados.

Abraço e até ao próximo!!!

Pedro Silva


"Para continuar e aumentar...


Quase três dezenas de treinadores sentaram-se à mesa na passada semana, num jantar-convívio que pretende, acima de tudo, promover a entreajuda entre iguais e a união da classe. Para o bem da modalidade…

O treinador do Desportivo da Ordem, Arnaldo Coelho, voltou a reunir, pela quarta vez, em Carvalhosa (Paços de Ferreira), os treinadores de equipas pertencentes à AF Porto (ou formados na associação portuense), numa iniciativa que pretende incentivar a troca de experiências e, acima de tudo, unir a classe.
A ideia inicial era organizar uma reunião entre treinadores formados, em 2005, na Associação de Futebol do Porto, no Nível II, mas acabou por ter que ser alargado. “Como tive poucas respostas acabei por optar em alargar o jantar a todos e contactei todos os treinadores que conheço. Mas espero que muitos mais adiram numa próxima oportunidade, mesmo os que ainda não conhecemos. Seria uma grande ocasião para se apresentarem”, indica Arnaldo Coelho, que aproveita para deixar uma palavra de apreço aos presentes. “Agradeço a todos por corresponderem ao meu apelo, lamento apenas quem não conseguiu estar presente e quem não respondeu às minhas mensagens, pois gostava que ainda estivesse mais gente”, refere.

O treinador tem sido um dos grandes impulsionadores da modalidade na região do Vale do Sousa, pois, para além destes jantares, tem organizado também acções de formação, como foi o caso a 2 de Junho, com uma acção de formação para treinadores de guarda-redes. “Tentei auxiliar os treinadores da região do Vale do Sousa, os quais considero estarem algo deficitários por estarem afastados do Grande Porto. Só que, infelizmente, apesar dos 32 convites que enviamos às equipas da região, acabaram por aparecer mais treinadores do Porto”, lamenta.
Apesar de tudo, Arnaldo Coelho prefere abdicar de protagonismos. “Quero apenas promover convívios de gente do futsal, para falar de futsal. As pessoas conhecem-se, trocam ideias, penso que só pode ser benéfico para a classe. A troca de experiências é muito importante, por vezes até nos ajudamos uns aos outros”, sublinha, deixando uma promessa. “Por mim é para continuar, mas espero que consigamos fazer como em Junho, em que organizamos, antes do jantar, um jogo entre os treinadores. Foi muito engraçado. Sempre que puder vou repetir estes encontros”.


PRESENÇAS:

Arnaldo Coelho (D. Ordem)
Pedro Silva (Invicta Futsal)
José Carlos e Gilberto Silva (Paróquia Penamaior femininos)
Carlos Rainho (Arreigada femininos)
Estela Torres (D. Aves feminino)
Zé Maria e Pataco (Arsenal Parada)
Paulo Bragança, Zé Luís e Mário Silva (Fatigados)
Henrique Passos (Santa Luzia)
Tiago Barros (Miramar)
João Rocha e José Maria (Leões da Lapa)
Paulo Sousa (Gondomar Futsal)
Carlos Machado e Tozé (Bom Pastor)
João Sousa (Arreigada masculinos)
João Fernandes (iniciados Arreigada)
José Meireles (Jovens Lamoso)
Óscar Pereira (ex-Oliveirense Futsal)
Delfim Pereira e Carlos Sousa (Casa Benfica Paredes)
Reinaldo (Dínamo 80)
António Magalhães (AM Granja juvenis)
Bruno Teixeira (Alfa Académico veteranos)"


Fonte: o norte desportivo

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A (DE)FORMAÇÃO...


Estive ligado à formação mais de 10 anos (este ano é a 1ª vez em que não estou a treinar um escalão de formação, estando apenas a treinar seniores) e preocupa-me muito os treinadores que não sabem trabalhar correctamente os atletas mais jovens, quer desde o desenvolvimento de treinos desadequados para a idade, que prejudicam a evolução do atleta a nível técnico, táctico e físico, mas principalmente do ponto de vista mental e psicológico, podendo deixar sequelas para toda a vida.

Por isso, hoje vou falar um pouco sobre o que defendo e de como se deve trabalhar, na minha opinião, os atletas mais pequenos (Escolas e Infantis), ou seja, a iniciação.

Eu acho que nestas idades, o trabalho deve incidir sobre a coordenação motora e principalmente sobre a capacidade técnica (controlo da bola, passe e recepção), pois só é possível haver "jogo" se os atletas conseguirem PASSAR e RECEBER a bola.
Assim sendo, creio que o melhor é fazer muitos jogos lúdicos SEMPRE COM BOLA, sem grandes condicionalismos tácticos, de preferência jogos reduzidos, pois assim também evoluem a velocidade de reacção e execução, no entanto, é conveniente terem já uma pequena noção táctica, e parece-me que o sistema 3.1 é o mais conveniente para a iniciação, pois é fácil e trabalha-se todas posições existentes em futsal (Fixo, Ala e Pivot).

A coordenação motora é importantíssima nesta fase, porque como os miúdos estão em fase de crescimento são extremamente descoordenados e tem imensas dificuldades em se movimentarem, dominar ou passar a bola.

Mas acima de tudo, o treinador terá que ser muito criativo e inventar exercícios que motivem os miúdos para captar sua atenção, e para isso é necessário que tenha a bola sempre presente em TODOS os exercícios, e há medida que os atletas forem atingindo um determinado nível, deverá colocar novos objectivos e exercícios mais complexos, de acordo com o modelo de jogo que pretende incutir, de forma a que eles continuem a evoluir e não estagnem, no entanto, só deverá passar para a etapa seguinte, quando tiver a certeza que eles já a atingiram a proposta, caso contrário estará a "queimar" etapas e assim eles terão "deficiências" que depois dificilmente conseguirão erradicar.

Tendo por exemplo 2 treinos semanais de 1 hora (que é o que a maioria dos clubes têm) eu faria da seguinte forma:
1º treino:

10 mts - Activação geral (jogos lúdicos, Ex: Jogo da apanha, etc, etc)

25 mts – Jogos Reduzidos (potenciar passe, recepção, drible, desmarcações, decisão, etc)
- Exercícios de coordenação motora (15 em 15 dias)

20 mts – Organização táctica (movimentação e organização ofensiva e defensiva) e finalização (começando com um exercício básico para iniciação da percepção táctica e zonas de finalização de 3.1, que se deve posteriormente explorar de forma a ir evoluindo para as movimentações básicas…)

5 mts – Recuperação activa (alongamentos, corrida muito lenta (2 voltas), etc)


2º treino:

10 mts - Activação geral
45 mts - Jogo
5 mts – Recuperação activa

Quanto ao treino "físico", não se preocupem com isso, pois os miúdos nestas idades correm o dia todo na escola, na rua, etc e estão sempre activos, além de que se for trabalhado de forma errada, os atletas poderão ficar com os músculos atrofiados para toda a vida…

Pensem nisto e opinem...

Abraço
Pedro Sllva

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Como "treinar" a mente.

Como já tive a oportunidade de referir anteriormente, na minha opinião para um treinador ter sucesso, não basta saber muito sobre tácticas e planificações de treino, acima de tudo deve saber (ou tentar) o máximo sobre os comportamentos psicológicos do ser humano, pois esta é que deve ser a base estrutural de todas as planificações desenvolvidas pelo o treinador, a mente dos seus atletas…

De que importa saber muito sobre aspectos técnico-tacticos, se por exemplo, não consigo motivar os atletas, fazê-los compreender aquilo que eu quero para a equipa, diminuir ou erradicar a ansiedade pré-competitiva dos atletas antes dos jogos ou libertá-los da pressão do e durante o jogo?
Um treinador que não consiga fazer isto, jamais terá o mínimo de sucesso na sua função!

Por isso defendo que os treinadores devem estudar e procurar saber cada vez mais sobre o comportamento psicológico para assim saberem como lidar com as mais diversas situações deste tipo, mas principalmente para saberem “treinar” a mente dos atletas, pois um atleta forte e preparado do ponto de vista psicológico, mesmo que do ponto de vista técnico-tactico e físico esteja mais fraco, poderá ter algum sucesso, situação impossível caso a situação seja inversa…

Acho também que os treinadores devem, primeiro de tudo, conhecer bem as personalidades dos seus atletas, para saberem como lidar com cada um deles nas mais diversas situações, pois é um erro pensar que todos são iguais e se deve agir sempre da mesma maneira, quando as personalidades são todas muito distintas, pois por exemplo se existem atletas que necessitam de ser estimulados, outros, pelo contrário, necessitam de estar mais relaxados, para conseguirem um óptimo estado de activação para a competição.
Mas, acima de tudo, os treinadores têm que “treinar” as mentes dos atletas, de forma a prepará-los para a exigência da competição, como? Eu dou um exemplo, se queremos habituar os atletas a lidar com a “pressão” competitiva, devemos fazer “treinos de simulação”, isto é, simular situações que acontecem durante o jogo, fazendo com que os atletas pratiquem sob pressão e aprendam a responder de forma correcta quando se sentem nervosos. Phill Jackson, treinador vencedor da NBA, geralmente encerrava os treinos com uma situação de jogo. Por exemplo, ele propõe a equipa: “Vocês estão com a bola e estão perdendo por dois pontos, faltando 30 segundos para o final”. Ou “Vocês estão a ganhar por um ponto restando apenas cinco segundos de jogo e a outra equipa tem a bola”. Portanto, ele não apenas ensina seus jogadores as melhores estratégias para usar nessas situações de pressão, mas também permite que eles ganhem confiança nos momentos cruciais do jogo.
Da mesma maneira, equipas de futsal podem praticar variações, como por exemplo: “treino de dois minutos”. Faltando dois minutos para acabar a partida os atletas passam a se familiarizar com situações de pressão e com isso podem desenvolver confiança na execução de jogadas estratégias adequadas para situações específicas.
Desta forma, é certo que o rendimento dos atletas (e da equipa) melhorará de forma concreta, pois ficarão seguramente muito mais preparados para lidar com as situações reais durante o jogo!

Pensem nisto e opinem…

Abraço
Pedro Silva

sábado, 2 de fevereiro de 2008

A realidade dos objectivos.

Sempre que iniciamos um trabalho numa equipa, quer seja no início da época desportiva ou não, a primeira coisa que obrigatoriamente temos que fazer é uma análise das suas características, pontos fortes e fracos (e dos jogadores) para assim definir um objectivo para a equipa, pois nenhum barco navega sem rumo... No entanto é muito importante que esta análise seja muito bem feita, pois por vezes, a má definição de um objectivo é ainda pior que não ter objectivo nenhum

Quando definimos e apresentamos o nosso objectivo a toda equipa (direcção incluída), devemos ter noção da realidade e não pedir algo que à partida achemos impossível, pois nada é mais frustrante para um atleta do que “falhar”, e desta forma, poder-se-á comprometer toda uma época devido a uma má análise inicial e a uma apresentação de um objectivo irrealista.

Por exemplo, se temos uma equipa boa mas que achamos não ter capacidade suficiente para ser campeã, no entanto, de forma a dar motivação e ambição à equipa no início da época, definimos como objectivo principal o título de campeão.
Na minha opinião isto é totalmente errado, visto que vamos colocar uma pressão excessiva nos atletas sem que haja condições para isso, e se, a equipa não conseguir vencer alguns jogos e se começar a distanciar do objectivo colocado pelo seu treinador, a frustração vai crescer e em termos anímicos poderão atingir níveis difíceis de controlar e contrariar, levando a um baixo rendimento dos atletas, e por sua vez, a redefinir os objectivos para a lutar para não descer…
Creio que, nesta situação em concreto, o mais correcto seria definir um lugar classificativo que achemos atingível, pois caso o consigamos alcançar, teremos uma sensação fabulosa de objectivo cumprido, reforçando-nos a auto estima e níveis de confiança., e caso o consigamos atingir ainda no decorrer da época, poderemos então aí redefinir o objectivo para um pouco mais acima e, visto que a confiança é extrema e a mente controla o corpo… talvez se consiga superar os objectivos e tornar uma equipa campeã.

Em resumo, devemos ser ambiciosos e tentar sempre atingir o topo, e esta deve ser nossa postura, seja no desporto ou na vida, e sem dúvida deve ser o nosso objectivo principal e é nisso que devemos trabalhar diariamente, no entanto, devemos ter consciência da realidade, pois tal dizem os velhos ditados: ”não se deve dar um passo maior do que a perna” ou “quanto mais alto, maior é o tombo”!

Pensem nisto e opinem...

Abraço
Pedro Silva