"O ato da conquista de um grande sonho reflete o sucesso nas lutas diárias para alcançá-lo." - Kléber Novartes

quinta-feira, 28 de junho de 2007

"FUTSAL! UM SONHO OLÍMPICO - LONDON 2012"

Foi com muito honra e orgulho que eu aceitei o convite do Eng. Persio Menezes, Dirigente da Associação Sabesp - São Paulo, equipa mais galardoada do Brasil em Futsal Feminino, para também fazer parte da campanha mundial - "FUTSAL! UM SONHO OLÍMPICO - LONDON 2012", a maior mobilização mundial para inclusão do futsal no programa dos Jogos Olímpicos, uma iniciativa da Federação Paulista de Futebol de Salão que já alcançou os 4 cantos do mundo, conforme poderá verificar no site oficial da campanha: http://www.futsalolimpico.com.br/ .


A campanha está a ser um sucesso e conta já com o apoio de vários ilustres, como por exemplo: Joseph Blatter (Presidente da FIFA) , João Havelange (Presidente de Honra da FIFA), Eduardo De Luca (CONMEBOL), Falcão (melhor jogador do mundo de Futsal) entre muitos outros.

Visitem o site e façam também parte desta campanha...

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Futsal Feminino, Que Futuro?

Devo confessar que nunca fui um grande adepto de Desportos Colectivos na vertente Feminina durante grande parte da minha vida (se fosse a nível individual ainda acompanhava qualquer coisita, principalmente o atletismo, por causa da “Grande” Rosa Mota), pois achava que o nível e espectacularidade era muito inferior, quando comparado com o Masculino, ou talvez… devido ao preconceito que desde muito cedo estava inserido no meu subconsciente (e da grande maioria da população Masculina e também alguma população Feminina) de que estes desportos não são para mulheres, principalmente se for para jogar com os pés…

No entanto, por ironia do destino, tive uma irmã que decidiu ser Futsalista, o que me levou a acompanhar mais de perto os desportos colectivos Femininos, principalmente o Futsal, levando-me a admirar e apaixonar incomensuravelmente por este fantástico desporto praticado pelas “senhoras”, e repito “senhoras”, pois é o que todas elas são e muito, muito grandes!!!

À medida que esta paixão foi crescendo, comecei a sentir a vontade de experimentar treinar uma equipa Feminina, situação que inevitavelmente acabou por acontecer… ao qual ainda juntei uma outra de Juniores um ano mais tarde, e foi, sem sombra de dúvidas, a melhor experiência em 10 anos de treinador de Futsal!!

Foi simplesmente extraordinário!!! A força que as mulheres têm para lutar contra todas as objecções que lhes aparecem (Começando logo pelo preconceito global de que “bolinha” é para homens) aliada à determinação com que se aplicam para atingir os seus objectivos, foi sem dúvida uma lição de vida… sem esquecer obviamente a QUALIDADE, ESPECTACULARIDADE e a ARTE que colocam no jogo.

Por tudo isto, tornei-me um defensor acérrimo do Futsal Feminino e lutarei sempre pelo seu crescimento, valorização e credibilidade! Sendo assim, é com muita tristeza que analiso o panorama actual do Futsal Feminino em Portugal, pois parece-me que quem o dirige e o coordena faz parte daquele famigerado “grupo preconceituoso e ignorante” de que a bola é para os homens e as mulheres são insignificantes…

Só assim se explica que apesar de neste momento o Futsal ser o desporto colectivo mais praticado por mulheres em Portugal, é o único que não têm campeonato, nem selecção Nacional… E se compararmos com o Futebol Feminino, chego à conclusão que uns “são filhos e outros enteados”, pois apesar de ambas as modalidades pertencerem ao mesmo órgão federativo, a diferença do ponto de vista organizativo é abismal… Senão vejamos, O Futsal tem escalões de formação, (Juvenis e Juniores) ao contrário do Futebol que não tem nenhum, no entanto, existe uma Selecção Nacional de Sub-19 (apesar de não haver Formação…), sendo que a maioria das atletas convocadas vêm do Futsal!! Existem apenas cerca de 30 equipas de Futebol a nível Nacional… No entanto, só na A.F. Porto existem mais de 50 equipas de Futsal, distribuídas por 1ª, 2ª Divisão e Divisão de Juniores, sendo que em Lisboa existem 3 Divisões Seniores, 1 de Juniores e 1 de Juvenis, chegando quase à centena de equipas… Ou seja, só as Associações de Futebol de Lisboa e Porto têm 5 vezes mais equipas do que o Futebol a nível Nacional, e se contabilizasse-mos as restantes Associações, ultrapassavam a dezena…

Não quero com isto ofender ou melindrar as pessoas que estão ligadas ao Futebol Feminino, muito pelo contrário, pois defendo o Futebol Feminino de forma igual ao Futsal ou outro Desporto colectivo qualquer (praticado por Mulheres), apenas quero chamar à atenção para desigualdade existente entre estas 2 modalidades que apesar de pertencerem à mesma instituição são tratadas de forma muito, muito diferente…

Caso não sejam tomadas medidas para mudar a situação actual, o Futsal Feminino está condenado ao desaparecimento, pois é lógico que as atletas comecem a desistir ou a optar por outra modalidade que lhes ofereça algo mais, como um campeonato nacional ou uma chamada às Selecções Nacionais ou até mesmo dinheiro… Além de que se não existir competitividade, a modalidade estagnará e a sua evolução será absolutamente nula!

Por experiência própria, posso afirmar que temos atletas de enorme valor, ao nível das melhores do Mundo e que, apesar de tudo, conseguimo-nos bater de igual para igual contra equipas e jogadoras profissionais…

Além disso, mesmo cientes destes enormes obstáculos, todos os dias surgem novos Clubes, novas Atletas, novos Treinadores e Dirigentes cheios de vontade, dinamismo e dedicação, além dos valorosos resistentes que lutam desde há muito tempo pela afirmação do Futsal Feminino, e é por todos eles e para eles que deixo esta mensagem e peço que LUTEM e jamais se deixem abater por todos os que se opõem ao “Nosso” Desenvolvimento!!!

Pensem nisto…

Pedro Silva

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Pai...desisti do futsal por sua causa!




Carta de um menino (Júnior) que amava muito o Pai.




Pai, eu estou escrevendo esta carta porque como sou muito pequeno e as pessoas não ligam para as opiniões das crianças e pode ser que com uma carta eu possa me expressar sem ser criticado. Os adultos não aceitam a opinião das crianças, principalmente quando estão nervosos por causa do jogo.
As pessoas não olham as crianças como pessoas que têm direito de ter opiniões e que elas possam estar com razão naquilo que elas falam.
Quando os adultos não concordam com a gente, mesmo que a gente tenha razão, principalmente quando eles estão nervosos, nós é que sofremos as consequências e não temos como nos defender. Nestas ocasiões somos obrigados a ficar calados e isto é o pior que pode acontecer para o nosso futuro.
Pode ser que quando você estiver calmo, possa ler esta cartinha e reflectir sobre tudo que estou dizendo aqui e não brigar comigo. Eu gosto muito de jogar futebol e eu quero ser um atleta de sucesso. Para isso eu conto principalmente com o seu apoio e ajuda.
Quando conseguimos vencer uma partida eu fico muito feliz, meus colegas e treinadores também, mas o que eu mas gosto é de ver você feliz. Porém quando nós perdemos, eu quero que saibas que eu, meus colegas e treinadores, somos aqueles que mais sentem a derrota.
Preciso, nesta hora, do seu apoio e incentivo, mas nem sempre é assim, você reclama, grita, briga comigo e reclama dos meus companheiros e treinadores.
Pai, isso me deixa ainda mais arrasado porque você é a pessoa mais importante na minha vida e não quero vê-lo triste por minha causa, e culpar meus companheiros e treinadores só piora as coisas para mim.
Vencer ou perder é consequência de uma série de factores algumas vezes alheios à nossa vontade.
Eu preciso da sua ajuda para poder aceitar a derrota com dignidade e encontrar forças e confiança para poder vencer a próxima partida.
Pai, quando você fica do lado de fora tentando me dar instruções durante a partida, na realidade você me prejudica mais do que ajuda, pois eu preciso ajudar os meus companheiros no esquema táctico que foi combinado no vestiário e não consigo prestar atenção, ao mesmo tempo, no jogo, no meu treinador e em você.
Eu não quero ser um filho desobediente, mas como obedecer as suas ordens e a do treinador ao mesmo tempo?
Outra coisa, não fique triste caso eu faça algum golo e comemore antes com os meus companheiros que lutaram para que eu pudesse fazer o golo para o nosso time.
Quando você xinga o árbitro ou responde a torcida adversária, eu fico muito nervoso com medo que comece uma confusão e acabe em brigas.
Pai, quando um companheiro meu fizer alguma coisa de errado, não brigue com ele, porque eu também posso fazer a mesma coisa, pois estamos todos aprendendo, e você não gostaria que o pai dele me criticasse não é!
Substituição no futebol é sempre uma acção estratégica e temporária, por isso peço que não reclame e ofenda meu treinador porque ele tem um plano em mente e precisa alterar o plano a cada situação. Muitas vezes o treinador substitui um atleta para que ele possa descansar um pouco, outras vezes pode ser porque naquele dia ele não está bem. Tenha certeza de que ele está tentando fazer o melhor para a nossa equipe e a interferência dos pais só nos prejudica emocionalmente.
Pai, eu te amo muito, me ajude a ser um bom atleta atendendo aos poucos e simples pedidos que aqui eu faço a você, pois prefiro desistir do Futebol a ver você envolvido em brigas com outras pessoas.
Quero que você tenha orgulho de mim, tanto na vitória quanto na derrota, pois nós tentamos fazer a nossa parte com dedicação.



Com amor, seu filho Júnior.



P.S. Este menino que escreveu esta carta desistiu do Futebol.

10 Regras de Ouro para o jogador de Futsal

Primeira: Nunca se deve permanecer parado. Tem que estar em continuo movimento em toda a dimensão do campo.

Segunda: Tem que saber jogar quando não se tem a bola, e sobretudo se algum companheiro de equipa a tem (Dar apoios, fazer fintas, efectuar bloqueios, ocupar espaços vazios, etc...).

Terceira: Nunca deve deixar de observar a bola.
Quarta: O jogador deve ser generoso com os seus companheiros no momento de passar a bola. É preferível assistir um companheiro que falhar uma oportunidade clara de golo.

Quinta: Nunca deve dar uma bola como “perdida”.

Sexta: Todos os jogadores têm que defender atrás da linha imaginária horizontal que descreve a bola quando a equipa contrária ataca.

Sétima: Deve sempre colocar-se de forma a limitar a acção ofensiva do atacante e não deve entrar “de primeira” a roubar a bola, a não ser que a perna de apoio no solo do atacante, seja nesse momento aquele que domina (pé dominante nas execuções) a operação dos gestos técnicos.

Oitava: Os passes entre os colegas de equipa devem ser curtos e rasos para haver melhor controlo e tensos de forma a não serem interceptados. Os passes horizontais nunca devem ser executados na periferia da nossa área. Devem-se utilizar frequentemente os passes diagonais e verticais.

Nona: O último jogador (o que fecha) nunca joga bola individualmente face à falta de apoios, nem arrisca, pois se perde a bola pode originar o golo do adversário.

Décima: Deve ter paciência quando se iniciam jogadas, procurando jogar a bola entre todos os elementos da equipa. Sem “pressa” em finalizar as jogadas, devem-se executar os gestos técnicos com a maior velocidade e rapidez possível para a obtenção do golo. O tempo (segundos disponíveis) é precioso para a obtenção de remates à entrada da área adversária sobretudo quando existem erros defensivos.