"O ato da conquista de um grande sonho reflete o sucesso nas lutas diárias para alcançá-lo." - Kléber Novartes

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vice-Campeões Mundiais... e o ORGULHO de ser Português!


Ninguém consegue imaginar a minha felicidade quando no passado sábado me sentei tranquilamente no sofá da minha sala com o computador ligado ao LCD para assistir (em grande) à final do campeonato do mundo de Futsal feminino entre Portugal e o Brasil.

Durante aquela hora e meia, a minha cabeça foi um turbilhão de pensamentos e sentimentos, pois não consegui deixar de pensar na felicidade de todas as pessoas que nos últimos anos tanto lutaram por aquele momento único do futsal feminino, pois a presença de selecção feminina na final do mundial era mais que um grande momento… era a concretização de um sonho!

Pensei em todos aqueles treinadores, dirigentes, atletas e simpatizantes que à sua escala deram a contribuição histórica para que conseguíssemos ter as nossas 14 Guerreiras lusas a representar o futsal feminino português com aquela qualidade extraordinária e com aquele enorme sentido e orgulho patriótico bem estampado em cada um dos seus rostos, demonstrando o melhor da alma lusa, pois apesar de serem todas 100% amadoras, não terem um campeonato nacional e estarem há 6 anos e meio sem uma selecção nacional tinham conseguido chegar à final de um mundial… inacreditável!

Voltei um dia atrás e pensei no momento em que no final do jogo das meias-finais contra a poderosa Espanha o nosso seleccionador indicou que “Mais importante do que dissecar o jogo, penso que neste momento devo dirigir uma palavra de incentivo e agradecimento a todos quantos trabalham em prol do Futsal Feminino no nosso País. Num momento em que a Selecção retoma actividade, este resultado acaba por representar um prémio para o Futsal Feminino Português”, pensei então, definitivamente Jorge Braz é “o homem certo no lugar certo”, pois numa altura em que tinha todos os holofotes sobre si, preferiu dar visibilidade e valorizar a todos os que diariamente lutam pelo futsal feminino, provando assim ser a pessoa unificadora que todos esperávamos e necessitávamos ao leme da nossa selecção.

À medida que o jogo ia decorrendo, dei comigo a pensar que este era, possivelmente, o maior feito na história do futsal feminino português e que após o apito final já nada seria igual, pois se nos sagrássemos, no mínimo, vice-campeões mundiais, o impacto e visibilidade nos “media” seria extraordinário (o que se veio a verificar, pois nos últimos dias o feito foi noticiado na RTP, nas rádios nacionais e em alguns dos maiores jornais desportivos), e que por isso devíamos aproveitar esta oportunidade única para continuarmos a fazer ouvir a “nossa voz” em busca do nosso crescimento, principalmente por algo que demonstramos definitivamente merecer, um Campeonato Nacional!

Até que o jogo acabou… mas eu continuei ali sentado, desfrutando ao máximo daquele momento especial… até que por fim levantei-me e tão ORGULHOSO de ser português!

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