Foi enviado hoje, por carta registada para o Secretário-geral da AF Porto, Dr. Domingos Santos, o ofício resultante da Reunião Magna de Clubes que se realizou no passado dia 1 de Maio.
O objectivo deste ofício, que foi elaborado pela grande maioria dos clubes da AF Porto com escalões femininos, passa por alertar Associação de Futebol do Porto dos vários problemas existentes no formato actual das competições distritais femininas, apresentando propostas concretas e viáveis para a resolução e melhoria dos mesmos.
A. C. D. Mindelo;
A. R. Restauradores
Avintenses;
A. D. C. Penamaior;
A. R. Rebordões;
C. Amigos de Corim;
C. D. C.
Santana;
C. D. S. Salvador do Campo;
C. S. Paróquia de Carvalhosa;
E. D. C.
Gondomar;
F. C. S. Romão;
G. D. Baguim do Monte;
G. D. C. Escolas de Arreigada;
G. D. Covelas;
Jornada Mágica A. D. C.;
Citânia de Sanfins F. C.
G. D.
C. R. Alto de Avilhó.
OFÍCIO:
"Exmo. Senhor Secretario Geral da Associação de Futebol do Porto
Dr. Domingos
Santos
Nos últimos anos,
têm-se assistido a um êxodo de clubes e atletas nos campeonatos distritais da
AF Porto, levando inclusive a que neste momento já não sejamos a segunda
associação do País (atrás da AF Lisboa) com o maior número de atletas e equipas
femininas, tendo sido ultrapassados pela AF Leiria.
Para combater este
flagelo das desistências e abandonos de equipas e atletas, no passado dia 1 de
Maio de 2012, os seguintes 16 clubes filiados na AF Porto (A. C. D. Mindelo; A. R. Restauradores Avintenses; A. D. C. Penamaior;
A. R. Rebordões; C. Amigos de Corim; C. D. C. Santana; C. D. S. Salvador do
Campo; C. S. Paróquia de Carvalhosa; E. D. C. Gondomar; F. C. S. Romão; G. D.
Baguim do Monte; G. D. C. Escolas de Arreigada; G. D. Covelas; Jornada Mágica
A. D. C.; Citânia de Sanfins F. C. e
G. D. C. R. Alto de Avilhó) realizaram uma reunião magna com o objectivo de identificarem os principais
motivos deste problema, mas principalmente para apresentarem soluções práticas
e viáveis para o futuro.
Assuntos:
1. Policiamento nos campeonatos
distritais femininos
2. Reestruturação dos quadros
competitivos dos campeonatos distritais femininos.
2.1
Campeonatos
2.2 Taças
2.3 Supertaça
3. Duração do tempo de Jogo
nos campeonatos
distritais femininos.
Abaixo enviamos a
conclusão da mesma relativamente aos assuntos supracitados:
1.Policiamento
A Associação de
Futebol do Porto decidiu, na época corrente, efectuar um teste no campeonato da
2.ª Divisão feminino sénior, relativamente ao policiamento dos jogos,
permitindo aos clubes que a segurança nos pavilhões pudesse ser efectuada por
delegados de segurança, em substituição de agentes da PSP ou GNR, tal como
acontece na maioria das outras associações distritais do País.
Neste momento, em
que estamos no final da época, fez-se uma avaliação concreta sobre este tema e
todos os clubes presentes concluíram que a medida foi um verdadeiro sucesso,
certificando que este sistema deve ser aplicado já na próxima época na 1ª
Divisão, visto que este é um dos factores de maior peso no orçamento dos
clubes, pois reduzirão em média entre 1800 € a 2200 € por época, além de que
obriga a uma maior responsabilização dos dirigentes e adeptos dos clubes, pois
em caso de não cumprirem os regulamentos, o clube prevaricador fica obrigado a
ter que solicitar as forças de segurança (PSP ou GNR) por conta própria.
2. Reestruturação
dos quadros competitivos
2.1 Campeonato
Os clubes
concluíram que formato actual não é o que melhor defende os interesses do
futsal feminino, principalmente a nível competitivo e motivacional.
Por isso, a
proposta dos clubes é acabar com a 2ª divisão e criar apenas uma divisão,
denominada Divisão de Honra, mas dividida por séries, tal como acontece
na AF Braga, existindo um campeonato a 2 voltas, sendo que os primeiros 4
classificados de cada grupo, qualificar-se-iam para uma fase final e lutariam
num campeonato entre si para decidir o campeão distrital e representante da AFP
na Taça Nacional. As restantes equipas, disputariam o Campeonato Extraordinário
AFP, também através do mesmo sistema de campeonato a 2 voltas, sendo que o
vencedor ganharia o título e o troféu correspondente.
Vantagens.
a) Competitivas:
A existência de uma fase final (apuramento do campeão), fará com que
existam um maior número de jogos de dificuldade superior, pois com as 8
melhores equipas a jogarem entre si, obriga a uma maior exigência a todos os
intervenientes do jogo (treinadores, atletas, árbitros, etc), traduzindo-se
obviamente num aumento de qualidade e competitividade, o que só beneficiará o
nível do campeonato, levando a que a(s) equipa(s) que depois seguirão para a
Taça Nacional em representação da nossa Associação, saiam muito mais preparadas
para esta competição.
Além disso, este sistema proporcionará a que exista um maior equilíbrio
nas equipas que disputarão o Campeonato Extraordinário, visto que assim, também poderão competir
por um título, com equipas do “seu” campeonato, levando a que haja competição
até ao final da época, mas alicerçada numa evolução gradual e sustentada, ideal
para equipas jovens ou mais limitadas, que desta forma poderiam crescer com
competitividade, mas com paciência e organização.
b) Motivacionais:
O facto de ser
apenas uma Divisão proporciona uma
maior motivação para todas as equipas e determina que exigência dos técnicos,
atletas e dirigentes seja superior e mais bem estruturada.
Possibilita a que
todas as equipas lutem por um objectivo até ao final da época, seja na fase de
apuramento do campeão ou no Campeonato Extraordinário, pois neste momento, como
existem poucas equipas a lutar pelo título, a meio da época já quase que se
sabe quem é que vai ser campeão, perdendo-se o interesse pela competição e
levando a que muitas vezes a luta pelos lugares do meio da tabela seja mais
interessante que a luta pelo título. Desta forma, mesmo que uma equipa ficasse
em 4º lugar na fase regular, continuaria com aspirações de poder chegar ao
título, premiando também a sua evolução ao longo da época, pois como no inicio
da época as equipas ainda estão a definir um modelo de jogo, a adaptarem-se a
novos métodos de trabalho, novas atletas, etc, não estão tão fortes como
estarão na fase final da época, onde já poderiam lutar pelo título de uma forma
mais estruturada.
c) Observações:
Dando como exemplo
a época corrente, em que alguns dos principais candidatos defrontaram-se logo
nas primeiras jornadas, criou-se logo no início um “fosso” entre as mesmas,
levando a que o interesse competitivo diminuísse, isto apesar de algumas
equipas terem evoluído durante a época e terem atingido outro patamar
qualitativo que não tinham no início, mas por este motivo, muito precocemente
deixaram de ter possibilidades de lutar pelo primeiro lugar…
Mas o pior
acontece com as equipas do meio da tabela, que praticamente desde o meio da
época, já sabem que não descem, mas também não podem lutar pelos lugares
cimeiros, o que faz com que andem quase meia época apenas a “cumprir
calendário”, levando à desmotivação, e obviamente, à estagnação no seu
crescimento, o que em nada ajuda na evolução da modalidade e muitas das vezes
origina desistências de equipas, tal como tem acontecido nos últimos anos na AFP,
em que todas as épocas, várias equipas desistem por este motivo.
2.2 Taça
Os clubes entendem
que o formato actual da Taça distrital é obsoleto e inadequado.
Para os clubes, o
formato adequado seria através de um sistema de eliminatórias definidas por sorteio,
com jogos em casa e fora, caso contrário a duração da competição seria muito curta,
até serem apurados os quatro finalistas que disputariam uma final four.
As eliminatórias
da Taça jogar-se-iam de forma intercalada com o campeonato, por exemplo de mês
a mês, e a final four disputar-se-ia no fim-de-semana a seguir ao término do
Play Off, num formato igual ao da AF Aveiro, em que no sábado jogar-se-ia as meias-finais
e no domingo a final, sendo que e o vencedor receberia o troféu no final do
jogo, tendo assim a possibilidade de festejar com os seus adeptos a conquista
da Taça.
É este o espírito
da Taça!
2.3 Supertaça
A Supertaça
disputar-se-ia no fim-de-semana a seguir a final four da taça, colocando em
confronto o vencedor do campeonato distrital e o vencedor da Taça distrital.
3. Tempo de jogo
Os campeonatos
femininos da AFP são os únicos a nível nacional que têm tão pouco tempo de
jogo, 40 minutos corridos para a 2ª divisão e 50 minutos corridos para a 1ª
divisão. Na maioria das outras associações o tempo é a 40 minutos cronometrados
ou no mínimo, 60 minutos corridos.
Um tempo de jogo
tão reduzido em nada beneficia a evolução das atletas, pois as atletas só
evoluem jogando e quanto mais tempo de jogo mais possibilidades têm de o fazer,
além de que promove o anti-jogo e prejudica o ritmo competitivo. Esta diferença
do tempo de jogo acaba por ser um factor negativo e prejudicial para a nossa representante
na taça nacional, que defronta equipas de outras associações com um ritmo competitivo
superior, devido à enorme diferença no volume de jogo dos seus campeonatos.
A proposta dos
clubes é que no escalão sénior o tempo passe a ser 40 minutos cronometrados, ou
na pior das hipóteses, 60 minutos corridos. No campeonato de Juniores o tempo
de jogo proposto é de 50 minutos corridos.
Informamos que foi
nomeada pelos clubes presentes na reunião magna, uma comissão representativa,
ficando esta com a responsabilidade de mediatizar com a AF Porto a discussão
dos assuntos supracitados.
Elementos da comissão representativa:
João Cruz
(Contacto: 93 352 89 74; E-mail: jpkruz@gmail.com)
Certo da melhor atenção, ficamos
a aguardar as vossas prezadas notícias.
Com os melhores cumprimentos.
Os clubes.
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